hospital regional

Governo prevê abertura do hospital regional para final de abril

Thays Ceretta

Fotos: Charles Guerra (Diário)
A estrutura que está pronta desde setembro de 2016 está de portas fechadas, sem receber pacientes

Ao contrário do que foi dito pelo secretário de Saúde do Estado, João Gabbardo dos Reis, no dia 19 de janeiro, em visita a Santa Maria, a assinatura do contrato e do convênio para a abertura do Hospital Regional, que ocorreria em 30 ou 40 dias, não se concretizou. O prazo dado para o ato seria na data de ontem. A novidade é que o secretário adjunto da pasta, Francisco Paz, revelou que o complexo deve abrir no final de abril. Segundo ele, nesses 40 dias, foram feitas reuniões entre o Estado e o Instituto de Cardiologia _ Fundação Universitária de Cardiologia, que fará a gestão do Regional, para tratar sobre a elaboração do documento, que, segundo ele, está em fase final.

- Um contrato dessa natureza é um documento muito extenso e complexo, pois tem aspectos de competência, de responsabilidade, de atribuições, assim como tem também aspectos técnicos do Plano Operativo de funcionamento do serviço. Tudo isso repercute na elaboração do documento. É isso que estamos discutindo, questões técnicas, jurídicas e administrativas para compor o convênio. Estamos tratando de algo novo, de uma situação complexa que vai ter o seu próprio tempo. Estamos nas discussões finais para a assinatura, conforme as orientações da Procuradoria-Geral do Estado, nós vamos fazer em um documento que vai englobar as duas questões. Como é uma situação nova, estamos gastando um pouco mais de tempo para conciliar as duas questões dentro do mesmo documento - explica Paz. 

Ainda conforme o secretário adjunto de Saúde, não há uma data exata para a assinatura do termo, mas a ideia é que a abertura, pelo menos do ambulatório, ocorra no final do mês de abril. Até lá, o contrato precisa ser assinado entre o Estado e o Instituto de Cardiologia.

Para reformar o Hospital Regional, prefeitura deve gastar cerca de R$ 50 mil

O Estado alega também que, nesse período, foram feitas reuniões entre as equipes da Secretaria Estadual de Saúde, do Instituto de Cardiologia _ Fundação Universitária de Cardiologia, da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que foram designadas para cuidar dos assuntos referentes ao ambulatório, primeiro setor que deve começar a funcionar assim que o complexo abrir. Conforme o titular da 4ª CRS, Roberto Schorn, o grupo esteve reunido em Porto Alegre nesta terça e quarta-feira para tratar de questões técnicas e internas. Seis profissionais de Santa Maria foram à Capital.

- A Coordenadoria está se preparando para fazer frente a essa nova demanda. Nós vamos ser os olhos do Estado em Santa Maria. Nosso trabalho, na cidade, está voltado para a regulação e coordenação dos municípios com relação ao Hospital Regional. Vamos coordenar a entrada dos pacientes no hospital. Conforme a Regulação Estadual, vai ter uma lista única, e é nisso que estamos trabalhando - ressalta Schorn.

Antes de abrir Regional passará por uma limpeza e reforma

Técnicos da prefeitura de Santa Maria fizeram um levantamento do que deve ser feito no prédio antes de abrir o complexo. Um orçamento da pequena reforma foi elaborado, e gira em torno de R$ 50 mil. O documento foi entregue ao secretário Estadual de Saúde, João Gabbardo dos Reis, no dia 31 de janeiro. Conforme o prefeito Jorge Pozzobom, a reforma ainda não começou porque é preciso a autorização do Estado.  

- No documento, eu mostrei o que é preciso fazer. E perguntei: é só isso ou tem mais coisas? No momento que eles me derem a autorização, eu imediatamente começo a reforma, que não leva 30 dias para ser concluída. São pequenos reparos, como gesso que caiu, calha que entupiu, vidro que quebrou, não é nada de complexo - afirma Pozzobom.  

Secretário de Saúde explica como deverá funcionar o Hospital Regional

Engenheiros e arquitetos da Secretaria Estadual de Saúde e da Fundação Universitária de Cardiologia também estiveram no local fazendo uma visita técnica a pedido do governo do Estado. A vistoria no hospital foi para tratar dos pequenos reparos necessários em decorrência do último temporal que atingiu a cidade, em outubro de 2017, e que danificou algumas estruturas da instituição. 

SOBRE O COMPLEXO

  • O Hospital Regional abrirá as portas de forma gradativa  
  • O primeiro serviço a funcionar será o ambulatório com 25 especialidades e serviços
  • O objetivo é contratar mil funcionários, porém, neste primeiro momento devem ser contratados inicialmente cerca de 200 a 300 profissionais
  • A seleção de currículos é de responsabilidade do Instituto de Cardiologia e ainda não há informações sobre a contratação e envio de currículos
  • A compra e o aluguel dos equipamentos gira em torno de R$ 50 milhões
  • Os atendimentos serão 100% SUS


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